sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Quem procura acha

E eu resolvi dedicar um pouco do tempo que me faltava para achar algo diferente. Não que eu não estivesse feliz, longe disso, mas confesso que estava faltando algo que eu pudesse chamar de “meu”.

Agora que eu finalmente achei, tenho que dizer que não foi fácil.

Eu fui rejeitada muitas vezes e tive que rejeitar muitas outras, e sinceramente eu não sei o que é pior.

Teve vezes foi amor a primeira vista! Eu já conseguia até imaginar o quão diferente seria minha vida dali pra frente. Porém, alguns dias depois, eu viria a receber uma mensagem (porque nem para ligar os ingratos servem) que me causaria mais uma desilusão.

“Mariana, foi um prazer ter te conhecido! Você é uma pessoa muito legal, mas infelizmente eu encontrei outra pessoa. Boa sorte em encontrar o que você procura”.

Aí eu pergunto, como assim encontrei outra pessoa? E quanto aos meus sentimentos? E pior, o que esta pessoa tem que eu não tenho?

Depois foi minha vez de estar na situação contrária… eu é que tive que mandar a tal mensagem, até porque ligar para dizer “obrigada, mas não obrigada” é meio chato, né?!

Mas o que eu posso fazer, tem tanto gente maluca neste mundo! Você vai, faz toda uma preparação, tenta parecer legal e quando chega lá, o cara mora com um gato, tem uma TV maior que o apartamento (nunca é bom sinal), ou simplesmente tem “crazy eyes”. Tem uns malucos que ainda exigem com antecedência um compromisso a longo prazo, olha que audácia!

Depois de me aconselhar com alguns amigos, percebi que talvez eu estivesse errada na maneira como eu estava procurando… eu sei, internet não é o melhor lugar para essas coisas. Me disseram que eu deveria achar um amigo de amigo, que aí coisas seriam mais naturais.

Mas de repente, quando eu menos esperava, eu achei!

Não posso dizer que foi o melhor que eu poderia ter encontrado, mas já tenho certeza que vai ser bom pra mim.

Conseguir um quarto e flatmate em Sydney não é facil.
Mas eu mudo amanhã!!!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O Cricket e a Australia

O Cricket e a Austrália

Aqui eles levam “Bats” a sério...
...ou nem tanto.

E lá fui eu ver a finalíííssima de um dos esportes favoritos dos australianos, o faamooso e in ter na cionalmente conhecido Cricket. Por ser uma final entre Australia e África do Sul, vesti a camisa e me preparei para algumas horas de emoção... viria eu a descobrir mais tarde que seriam 8 horas de emoção para ser exata.

Para não chegar tão por fora no jogo, perguntei para um maluco qualquer do que se tratava o esporte. O maluco que provavelmente não devia estar bem das idéias, me disse que era como baseball, o que me pareceu rasoável e assistível.

Chegando lá, o estádio estava lotado, detalhe, duas da tarde de um dia de semana. Tudo bem, quando é dia de Cricket não tem problema largar o trabalho mais cedo. Afinal, quem poderia perder tamanho espetáculo!

Lotações de estádios a parte, sentei na minha cadeirinha devidamente numerada e limpa e me preparei com entusiasmo para a partida. E aí começaram as más notícias.

O jogo não é contabilizado em minutos e sim em horas, e só acaba quando termina. As holas mexicanas são proibidas no estádio. A bola é pesada, o que não proporciona tacadas monumentais. A pontuação é complicadíssima de entender. E para completar, a verdade dura e cruel, Criket nada mais é que Bats! Sim, o Bats que a brasileirada joga na praia, aquele mesmo que tem que derrubar a casinha com a bola. Ok, você pode argumentar, Bats é divertido. Te digo meu amigo, Bats é legal quando você tá jogando, esperimenta assistir pra ver.

Depois de uma análise minuciosa, cheguei a conclusão que existe sim diferença entre o Cricket e o Bats. No Cricket tem muito mais jogadores. Motivo? Os jogadores não podem se desgastar correndo atrás da bola, então melhor ter vários para evitar que os coitadinhos cansem sua belezas (e bota beleza nisso, nesse quisito não dá pra reclamar).

A essa altura do campeonato você deve estar pensado, nossa, Mariana, em que enrascada você se meteu... pois aí que você se engana. A diversão do Cricket não está no jogo, está na platéia.
E o melhor do Cricket foi:

Ver os espectadores se importarem mais com a fila da cerveja que com a pontuação do jogo.
Ver que a maioria das pessoas estavam vestidas com roupas e chapéus estranhos.
Ver um cara com um chapeu gigante mexicano começar uma hola mexicana.
Ver o policial repreendendo o cara do chapéu mexicano.
Ver o cara do chapéu mexicando começar uma nova hola e ser mandado embora do estádio.
(comentário necessário, se quer fazer algo ilegal como uma hola mexicana, não vista um chapéu mexicano).
Ver mais um monte de gente começar holas mexicanas e a polícia ficar sem reação.
Ver dois malucos invadirem o gramado.
Ver a polícia invadir o gramado para catar o malucos.
Ver o narrador do jogo narrar o pouso de dois pombos no gramado.
Ver os dois lados do estádio começarem uma competição para ver quem tinha o maior número de copos de cerveja enfileirado ou como diriam eles, a maior snake glass.
Ver a competição se estender para um campeonato aéreo de camisinha infladas.
Ver um jogador parar de jogar, porque a camisinha estava sobrevoando a cabeça dele.
Ver o mesmo jogador tentar acertar a camisinha com o taco e errar.
Ver a torcida vaiar o jogador, um dos melhores da Austrália.
Ver um outro jogador que estava entediado dar autógrafos durante o jogo.
Ver bolas de praia serem arremeçadas no campo e o gandula furar as bolas de praia.
Ver a torcida vaiar o gandula.
Ver um pai pendurando o filho pra dentro do campo para que ele pegue uma bola de praia antes que o gandula a fure.
Ver um outro maluco gritando 'Você terá que sacrificar a criança pela bola'.
Ver uma briga começar lá do outro lado do campo e um policiamento com mais da metade da população da Austrália aparecer para apartar a briga.
Ver a torcida vaiando os policiais.
Ver um policial se acabando de rir com a vaia.

Ver todo mundo tomando cerveja, feliz da vida, conversando com os amigos, fazendo festa, e eventualmente, claro, dando uma olhadinha no jogo.

Ver que a Austrália perdeu o jogo e que todo mundo saiu de lá feliz da vida.
Pensando bem... Cricket tem tudo a ver com a Austrália.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A tal da culpa

Hoje ela acordou de mau humor...

Culpou o despertador por ter tocado, a sua mãe por ter nascido, o sol por já ser dia lá fora.

Culpou o guarda-roupa pela sua falta de estilo, a genética por estar gorda, e o espelho por estar com cara de cansada.

No caminho, culpou o ônibus pelo seu atraso e os seus sapatos por estarem apertados.

Já no trabalho, culpou o chefe pelo seu salário, os seus colegas pela falta de companheirismo e o destino por estar trabalhando ali.

Pensando bem, era também culpa do namorado aquela falta de diálogo, culpa dos amigos os encontros adiados, culpa da rotina aquela mesmisse sem tamanho.

Depois de ter culpado e desculpado a todos, arrumou uma desculpa qualquer e foi dormir. Afinal, a culpa nunca é dela mesmo...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

VaIdade

VaIdade

Não precisa pedir duas vezes, ela vai mesmo, correndo, que nem uma condenada, como se tivesse alguma pressa.

Ela não espera, não tem paciencia, não se importa se você tem mais planos do que tempo suficiente para cumprí-los.

Ela quer mesmo é que você fique mais velho, que os anos passem, que o tempo escorra pelos seus dedos como areia em ampulheta.

Ela quer dar corda no relógio, quer acelerar o passo, quer que você ande rápido, rápido, cada vez mais rápido.

Pressa. Pressão. Depressão.

Depressão?

Não, no fim das contas é só vaidade.


E ela vai mesmo...

Resolvi

Ano Novo, novas emoções. Decidi que vou escrever mais em 2009. Este espaço vai ser dedicado para arquivar e compartilhar idéias, acontecimentos e viagens mentais. Para começar, um texto que está relacionado a 2008... o ano em que eu ouvi de muitos "a gente tá ficando velho". Foi também o ano que eu resolvi mudar um pouquinho a minha vida, ver coisas diferentes, fazer coisas diferentes. E que vontande que dar de não parar mais. O mundo é grande, a vida é curta. A saudade é grande, mas os momentos têm sido memoráveis.